Benefícios do treinamento muscular nos programas de fisioterapia desportiva

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Segundo Prentice (2002), o benefício do treinamento muscular multimodal durante a reabilitação tem sido amplamente aceito, e a carga excêntrica fornece um elemento especializado durante a reabilitação do atleta lesionado, haja vista que o uso do treinamento excêntrico irá preparar o atleta de forma mais eficiente durante momentos em que uma ação excêntrica for requerida  para a prática esportiva eficiente e segura ou mesmo para as demandas funcionais impostas pelo cotidiano.

Portanto, torna-se notório que o condicionamento muscular excêntrico reproduz as exigências biodinâmicas que serão impostas aos atletas ao retornarem à prática desportiva.

Segundo Mcardle et al. (2002), muitas atividades esportivas requerem ação muscular excêntrica de alto nível (em termos de velocidade, repetição
e intensidade) tanto para desempenho máximo quanto para proteção das articulações sinoviais e tecidos moles adjacentes.

Outra função extremamente relevante para a Fisioterapia acerca do condicionamento muscular excêntrico reside no fato deste poder atuar de forma preventiva em relação às lesões musculares induzidas pelo over-training, ou
síndrome do super treinamento em atletas de alto nível. Albert (2002) considera que embora uma simples sessão de exercício excêntrico possa induzir
a uma lesão muscular significativa, ela também confere ao músculo uma proteção considerável contra lesões similares resultantes de sessões
subseqüentes de exercícios de alta intensidade que constituem prática corrente nos programas de treinamento desportivo de alto nível.

Clarkson et al. (2001) demonstraram que a perda de força, liberação de creatina quinase e outros indicadores de lesões induzidas por exercícios são reduzidos significativamente em uma segunda sessão de exercício excêntrico dos flexores
do cotovelo.

Prentice e Arnheim (2002) lembram que as contrações musculares excêntricas, particularmente empregadas na reabilitação de várias lesões relacionadas ao desporto, são fundamentais para desacelerar o movimento de um membro, sobretudo durante as atividades dinâmicas de alta velocidade inevitavelmente requeridas durante a prática esportiva.

Os autores defendem que os déficits de força ou a incapacidade dos músculos em tolerar as cargas excêntricas a eles impostas (ressaltando que determinados gestos desportivos podem atingir uma velocidade angular de até 8000º/s - graus
por segundo) podem predispor o atleta descondicionado excentricamente a inúmeras lesões.

Alguns estudos de Jonhansen, Nemeth e Eriksson (1994); Stanton e Purdam (1989) sugerem que lesões na musculatura isquiotibial, em atletas de corridas de curta distância, estão, dentro de outros fatores, relacionados a pouca força excêntrica dessa musculatura.

Retirado do artigo:
A VALORIZAÇÃO DO TREINAMENTO MUSCULAR
EXCÊNTRICO NA FISIOTERAPIA DESPORTIVA
The valorization ofthe eccentric muscular training
on the sports physiotherapy
Anselmo Grego Neto
Cássio Preis
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