4 tipos de lesões que ocorrem no Esporte




Você sabe quais são as principais lesões no Esporte?

Entre as diversas lesões encontradas no esporte podemos dividi-las em quatro tipos mais comuns:

  • Traumáticas;
  • Atraumáticas;
  • Musculares
  • Por superuso (overuse).

Lesões traumáticas

O nome desse tipo de lesão é bastante autoexplicativo. A palavra trauma já te indica qual é a origem de todas as lesões desse tipo.

Elas são as lesões que mais chamam a atenção em qualquer esporte já que geralmente estão relacionadas a acontecimentos mais dramáticos. Lembramos delas especialmente quando o trauma envolve fratura de algum osso ou estrutura.

Em geral, lesões traumáticas são causadas por acidentes que geram traumas diretos ou indiretos nas articulações.

Alguns esportes estão mais sujeitos a lesões traumáticas que outros. Aqueles com mais contato, como futebol,  futebol americano e artes marciais, são as modalidades que apresentam maior incidência de lesões traumáticas.

No caso das lesões traumáticas a preparação física não é a única necessária para prevenção. O aluno também precisa de uma base técnica forte e muita visão de jogo para conseguir evitar possíveis acidentes.

Peguemos como exemplo as artes marciais. Um lutador de jiu-jitsu que conhece bem as torções consegue parar a luta antes que uma lesão aconteça. O mesmo se pode dizer de um jogador de futebol que consegue se mover para evitar uma queda potencialmente lesiva.

Isso quer dizer que para prevenir lesões traumáticas em seus alunos atletas será importante fazer um trabalho conjunto. Durante o treino ele deve trabalhar tanto as características funcionais do movimento quanto uma técnica perfeita. Além disso, ensinar técnicas de queda segura para seu aluno pode ser decisivo para evitar um trauma grave.

Lesões atraumáticas

Outra vez, podemos nos guiar pelo nome para saber a causa desse tipo de lesão.

As lesões atraumáticas são causadas por algo que não seja trauma. Nessa categoria podemos incluir lesões por overuse, mas falaremos sobre elas mais a frente.

Os esportes são extremamente exigentes no corpo do atleta, e qualquer movimento feito de maneira errada pode levar a uma lesão grave.

Entre as lesões atraumáticas encontramos:

  • Overuse;
  • Fratura por estresse;

Esportes com pouco contato, como o vôlei, apresentam um número maior de lesões atraumáticas. Aqui, gestos esportivos feitos de maneira incorreta e desequilíbrios musculares são os maiores vilões.

Preste atenção em algumas das características dos treinos desses atletas:

  • Intensidade;
  • Saltos e situações de instabilidade;
  • Movimentos repetitivos.

Durante um mês de treino esse esportista realizou o mesmo movimento várias vezes e de maneira intensa. Agora pense no que pode acontecer caso exista um desequilíbrio muscular em seu corpo.

Com compensações o aluno está muito mais propenso a sofrer uma lesão, seja articular ou muscular. Posso até dizer que ele vai sofrer essa lesão se o desequilíbrio não for consertado.

Quer um exemplo bastante simples? Dê uma olhada nas lesões de joelho sofridas por maratonistas, principalmente os amadores. Muitos deles têm uma ativação de glúteo pouco eficiente, o que os faz compensar com os isquiostibiais.

Assim surge um valgo ou varo dinâmico na hora de correr, e a estrutura do joelho acaba sobrecarregada.

Nesse caso não existe trauma na articulação e o atleta provavelmente ficará surpreso ao descobrir a lesão.

Ele é uma modalidade extremamente eficiente na correção de desequilíbrios musculares, o que também leva a melhora no desempenho.

Lesões musculares

As articulações costumam ser o grande foco da prevenção de lesões. Concordo que elas são importantíssimas, sendo que a maioria dos problemas atingem essas estruturas.

Porém, também precisamos prestar atenção às lesões musculares. Elas são mais comuns do que imaginamos. Estima-se que entre 10% e 30% das lesões esportivas são musculares.

Isso é especialmente comum em pessoas que esquecem ou pulam os aquecimentos. Uma musculatura pouco preparada para o exercício está propensa a se estender além de seus limites.

A falta de amplitude é outro problema que encontramos em muitos alunos. Musculaturas encurtadas podem gerar tanto lesões nas articulações quanto no próprio músculo.

Podem acontecer também lesões traumáticas na musculatura de um atleta, que nesse caso será caracterizada pelo hematoma e dor.

Um esporte no qual essas lesões são bastante presentes é o futebol. Chutes na canela e na coxa geralmente geram danos às musculaturas afetadas. O mesmo se aplica a qualquer esporte no qual exista muito contato entre os atletas.

Um atleta fadigado geralmente sofre mais lesões musculares. Quando cansado, o corpo do atleta tem maior dificuldade em manter a ativação muscular que evitaria tal dano.

Além disso, o corpo passa a recrutar unidades motoras que não estão preparadas para o esforço. Nessa tentativa de compensar a musculatura fadigada ele fica mais propenso a lesões.

Ainda, durante o período de fadiga temos maior contribuição de musculaturas acessórias. Elas são mais fracas do que a musculatura principal, expondo esses músculos menores a lesões no esporte. Portanto, um praticante mais bem-preparado está em menor risco.

Lesões por overuse

Chegamos a um tipo de lesão extremamente comum em atletas e que pode ter consequências graves.

O que chamamos de overuse pode acontecer com qualquer um que realize movimentos repetitivos. No caso de um praticante de esportes ele está relacionado aos treinos. Durante eles o atleta repete o mesmo movimento diversas vezes, o que leva a fadiga e lesão articular.

Existem muitos praticantes que exageram na frequência e intensidade dos treinos. A intenção é ficar melhor em menos tempo, mas acaba com um resultado oposto.

O exagero e a fadiga estão entre as causas mais frequentes nas lesões de atletas.

Existem maneiras de prevenir tal problema, mas é provável que você também precise trabalhar o psicológico do atleta. Ele deve compreender que o intervalo entre uma sessão de treino e outra é essencial para que seu corpo se recupere.

Encontramos um problema bastante grave quando falamos em lesão por superuso: nem sempre a dor é alarmante. Muitas vezes a pessoa se lesionou, mas como a dor era moderada ela ignorou e continuou treinando.

Casos como esse só tendem a piorar porque o atleta continuará treinando apesar da lesão. É importante que você preste muita atenção às reclamações do aluno. Talvez aquela dorzinha no joelho que ele sentiu durante o treino seja algo mais grave.

Também será necessário trabalhar no fortalecimento muscular desse atleta, assim quando seu corpo estiver fadigado a lesão será menos frequente.

Se o seu aluno já está lesionado ele precisa seguir as seguintes instruções:

  • Diminuir a intensidade e volume do treinamento;
  • Fazer um trabalho focado na dor ( analgesia, medicamentos e etc).

Mesmo o atleta mais teimoso precisa se precaver ou sofrerá uma lesão grave por overuse que pode força-lo a parar os treinos.


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