Fisioterapia no voleibol

As lesões, na maioria das vezes, são ocasionadas por choque direto de características violentas ou não, e alguns casos por contato direto com outra pessoa ou uma superfície rígida. Também podem ser provocadas pelas repetições de gestos, acelerações, deslocamentos para bloqueio e cortadas, que são os principais fundamentos deste esporte. Por este motivo o voleibol é uma atividade esportiva de grande variabilidade de lesões (2,8).

A maior incidência de lesões em atletas de alto nível, segundo a FIVB (1982), ocorre em períodos de competições, com uma relação de 2:1 a respeito das lesões encontradas durante os treinamentos (8).

A epidemiologia das lesões, de acordo com a Tomada de Protocolo de Ferreti (1996), por estruturas anatômicas x por tipo de lesões mais freqüentes no voleibol podem ser visualizadas nos quadros seguintes (2):

Estrutura Anatômica

Dedos (mãos)

Cotovelo

Ombro

Pulso

Dedos (pés)

Joelho

Tornozelo / Pé

Tronco

Coluna

Lesão Muscular

Lesão por Estresse

Número de lesões

130

6

84

40

36

22

14

52

43

42

3

Porcentagem (%)

46,13

2,13

29,8

14,2

12,76

7,8

4,96

18,39

15,2

14,9

0,91

Quadro 2 - Tipos de lesões mais freqüentes no voleibol

Fonte: FERRETI, A. Volleybal Injuries - A colour Atlas of Volleyball Traumatology. Federetion Internationale de Volleyball, 1996.

Lesões

Entorse de tornozelo

Tendinopatia patelar/condromalácia patelar

Lombalgia

Entorse de joelho

Entorse / luxação de falanges

Tendinite aquiliana

Fascite plantar

Hérnia / protusão discal lombar

Rotura meniscal

Incidência (%)

13,0 - 25,0

3,0 - 10,0

6,1 - 7,8

3,6 - 4,61

2,7 - 17,09

3,0 - 3,9

1,5 - 3,8

1,0 - 2,3

1,0 - 2,45



Por conseguinte, as lesões no voleibol são bastante diversificadas quanto à incidência, local anatômico, comprometimento, modificações biomecânicas e outros. O voleibol deve se preocupar em muito a respeito das técnicas de treinamento esportivo para prevenir as lesões.

Intervenção fisioterapêutica

O voleibol, nas ultimas décadas, vem passando por diversas mudanças, tanto na parte tática, técnica, física, administrativa, quanto em suas regras. Levando as empresas a investirem mais no atleta. Todavia, estes avanços trouxeram uma maior cobrança aos resultados almejados.Com o objetivo de melhorar, os profissionais de área iniciaram uma corrida na procura de alternativas para o aumento da eficácia de suas equipe. No entanto, na mesma proporção do progresso do voleibol, houve o crescimento do número de lesões, em virtude das inúmeras exigências ao atleta.

Devido a estes problemas, haja vista os jogadores lesionados ficarem inviabilizados totalmente ou parcialmente aos jogos. Em 1969, surgiu oficialmente a fisioterapia desportiva, organizada pelo comitê dos XX jogos Olímpicos e pela primeira vez a fisioterapia entrou como uma unidade nos jogos Olímpicos de 1972.

A fisioterapia desportiva possui atuação preventiva e de reabilitação de lesões, basicamente utilizando os mesmos recursos da fisioterapia ortopédica traumatologia, diferenciando-se desta na especificidade, intensidade, freqüência e objetivos de tratamento (3,5,7).

Os recursos fisioterápicos mais utilizados para o tratamento das lesões esportivas são: eletroterapia, crioterapia, hidroterapia, massoterapia, cinesioterapia e mecanoterapia. Observando-se suas indicações e contra-indicações, além das alterações fisiológicas ocorridas com tais técnicas. Cujas principais finalidades são (5,7):

Manter a imagem psico - sensorial e motora do atleta;

Promover a recuperação muscular, tendinosa e articular; melhorar a circulação arterio-venosoa e linfática;

Promover o relaxamento com movimentos rítmico e dinâmico;

Melhorar a coordenação; aumentar o tônus, trofismos muscular e amplitude de movimentos;

Combater algias e edemas.

Contudo, para o melhor desempenho do esporte é fundamental:

A formação de uma equipe técnica de alto nível e a mais especializada possível;

Traçar metas a serem alcançadas durante a temporada, planejar fases de treinamentos e a divisão das tarefas durante elas;

Fazer uma avaliação física;

Realizar uma avaliação médica e fisioterápica, pois por intermédio da avaliação é possível desenvolver um trabalho preventivo mais eficiente, onde pode-se dividir o grupo pelas lesões, pelas deficiências físicas existentes e pelas posições que os jogadores atuam. Desta forma evita-se a perda de tempo e não sobrecarrega os atletas com exercícios desnecessários.
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