Tratamento de Tendinite e Tendinose na Fisioterapia Desportiva








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Um dos problemas que os fisioterapeutas que trabalham com esportes enfrentam são as tendinites que aparecem durante os treinamentos Além de prejudicar rendimento, prejudica a evolução do desempenho.

Os tendões são estruturas de tecido conjuntivo que unem um músculo a um osso, transmitindo a força gerada pelo músculo à estrutura óssea. Por isso, a força exercida nos tendões precisa ser monitorada para não haver lesão, entre elas as entorses traumáticas, traumatismos indiretos relacionados com a vascularização, doença inflamatória associada e idade ou lesões micro de traumas de sobrecarga.É fato que atividades desportivas tem aumentado e as exigências no esporte profissional são crescentes, com treinos mais intensos e frequentes e, portanto, com maior risco de lesões por excesso de uso.

Pensando pelo lado amador, a crescente participação de gente que começam  a treinar mais novos, sem o equipamento nem acompanhamento profissional ideal, eleva o risco do desenvolvimento de uma tendinopatia.

É importante ter em mente que cada atividade afetará de forma diferentes os tendões. A tendinopatia traduz-se pela presença de dor, sensibilidade ao toque, inchaço e limitação dos movimentos na região afetada. Já o termo "tendinose" tem sido utilizado para descrever uma alteração degenerativa de um tendão sem sinais inflamatórios.

A distinção entre tendinite e tendinose é difícil, porque os sintomas são muito semelhantes, mas é importante de modo a que o tratamento possa ser o mais apropriado.

Embora se associe a tendinite a um processo doloroso com sensação de ardor na área afetada, perda de força e flexibilidade, esses sintomas são muitas vezes causadas por uma tendinose.

Uma tendinite é a inflamação de um tendão e resulta da ocorrência de micro-roturas sempre que o músculo e tendão respectivo são submetidos a cargas muito intensas e aplicadas de um modo súbito.

Uma tendinose é um processo denegerativo do colágeno de um tendão como resposta a um excesso de uso crónico. Quando esse excesso de uso é mantido sem que o tendão tenha tempo para repousar e cicatrizar, ocorre tendinose. Mesmo movimentos de pequena amplitude, como clicar o rato do computador, podem causar tendinose, desde que executados de um modo repetido.

Muitas vezes, uma lesão de um tendão apresenta na fase inicial um componente de inflamação ao qual se segue o processo de degeneração. Como tal, as duas (tendinite e tendinose) podem, em alguns casos, estar interligadas.

A tendinose pode resultar de longas horas de atividades, como o desporto, uso de computadores ou instrumentos musicais ou outras atividades manuais.

Existem diversos fatores de risco para a ocorrência de lesões dos tendões, como as deficiências de alinhamento, as diferenças de comprimentos dos membros, os desequilíbrios musculares, a hipermobilidade ou a rigidez muscular, os erros no treino, tanto na intensidade como na técnica, a fadiga, o piso e o tipo de calçado e de equipamento,

A confusão entre as duas   é comum e muitas lesões descritas como tendinites são, na realidade, tendinoses. Por exemplo, "o cotovelo de tenista", tradicionalmente descrito como uma tendinite, apresenta características que permitem classificá-lo como uma tendinose.

A distinção entre os dois quadros é possível mediante recurso à ecografia ou à ressonância magnética, que permitem demonstrar a solução de continuidade no colágeno dos tendões, no caso das tendinoses. Contudo, de um modo geral, estas lesões são diagnosticadas com base nos elementos de natureza clínica.

O quadro seguinte ilustra as principais diferenças entre as duas entidades.
 

  Tendinose Tendinite
Tempo de recuperação,
fase precoce 
6-10 semanas Dias a 2 semanas
Tempo de recuperação,
fase avançada 
3-6 meses 4-6 semanas
Tratamento Estimular a sintese de colágeno e a força muscular Anti-inflamatórios
Prevalência  Comum Rara

Como se referiu, a principal razão para distinguir as duas entidades é a definição da estratégia terapêutica.

Enquanto para a tendinite o tratamento visa reduzir a inflamação, esta não está presente na tendinose. Aqui, os tratamentos que visam controlar a inflamação estão contra-indicados, por retardarem a reparação do colágeno

O tempo de recuperação para a tendinite é de alguns dias a 6 semanas, dependendo se o tratamento é iniciado numa fase precoce ou avançada.

Para a tendinose, o tratamento iniciado numa fase inicial permite uma recuperação em 6 a 10 semanas. Na fase cronica, o tratamento pode durar 3 a 9 meses.

Alguns estudos sugerem que os tendões demoram cerca de 100 dias para produzirem novo colágeno e, por esse facto, tratamento mais curtos não serão eficazes.

O tratamento das tendinoses inclui o repouso, um ajustamento na postura no local de trabalho e no desporto, uso de suporte apropriado para o tendão afetado, manutenção da execução de movimentos com o músculo envolvido associados a alongamentos para impedir a retração muscular e estimular a cicatrização, uso de gelo durante períodos de 15-20 minutos várias vezes por dia com intervalos de, pelo menos, 45 minutos, exercícios de alongamentos realizados lentamente, estimulando a produção de colágeno e sessões de massagens para estimular a circulação e a atividade celular.

Uma correta nutrição, incluindo vitamina C, magnésio e zinco, é importante para a produção de colágeno. A vitamina B6 e a vitamina E também contribuem para a saúde dos tendões.

Embora seja pouco provável que as lesões associadas à tendinose regridam por completo, estes tratamentos melhoram a força do tendão e interrompem o ciclo de lesão, permitindo a introdução de colágeno saudável na área afetada e melhorando a circulação.

Por outro lado, este tratamento reduz a dor, aumenta a amplitude dos movimentos e permite o retorno às atividades diárias.

Uma vez que a tendinose provoca alterações nos tecidos que os tornam mais susceptíveis a novas lesões, é importante manter uma atenção especial sobre o tendão afetado mesmo após o tratamento estar concluído. As massagens, alongamentos e um correto aquecimento antes de um treino, são exemplos de estratégias úteis para a prevenção de novas lesões e para a manutenção dos tecidos saudáveis.


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