Lesões no Handebol
O handebol é considerado um esporte olímpico desde 1972. Muito praticado em países europeus, foi introduzido no Brasil pelos imigrantes por volta de 1930, principalmente pela colônia alemã. O handebol ganhou popularidade sendo considerado hoje um dos esportes mais praticados no país, principalmente no meio universitário.
O handebol é um esporte rápido, de muito contato, que exige do atleta uma grande habilidade para execução de gestos com tomadas de decisões rápidas. Dessa forma, o atleta deve desempenhar tarefas com uma boa coordenação do sistema sensório-motor, caso contrário, a execução desses gestos pode levar a um risco maior de lesões.
A ocorrência de lesões no handebol pode estar relacionada a diversos fatores:
Intrínsecos: idade, sexo, flexibilidade, equilíbrio muscular, lesões pregressas, emocional;
Extrínsecos: calçado, piso, treinamento, regras, biomecânica do gesto esportivo, trauma direto.
As regiões mais comumente lesionadas nesses atletas são tornozelo, joelho, mãos e dedos, superando o ombro. Isso demonstra, que apesar do handebol ser uma modalidade que tem como fundamento principal o arremesso, exige do atleta uma grande variedade de movimentos. Observa-se um maior índice dentre as lesões os entorses de tornozelo e a ruptura do LCA. As lesões traumáticas podem ser ocasionadas pelo contato com o oponente, com o solo ou mesmo com a bola. Ainda, há lesões que podem ser causadas pela repetição do gesto e/ou excesso de treinamento, dentre as quais as mais relatadas são as tendinopatias.
De acordo com a posição do jogador e outras características, como tempo de prática da modalidade, pode-se correlacionar a uma maior incidência de determinada lesão. O goleiro de handebol pode apresentar epicondilites de cotovelo e lesões cápsulo-ligamentares dos dedos das mãos, por causa do trauma repetitivo realizado na defesa da bola. Já os meias e pontas por realizarem mais arremessos, jogadores com mais tempo de atividade, podem apresentar lesões por sobrecarga no ombro.
Além disso, é necessário sempre pensar em um trabalho de prevenção de lesões para estes atletas. E esta é uma prática que tem crescido muito entre os profissionais envolvidos no esporte e que, para ser efetiva, deve contar com conhecimento do gesto esportivo especifico do esporte e da incidência de lesões.
Ft. Gabriela Borin
Fonte
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