A fisioterapia preventiva do ombro na Natação








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A natação é um dos esportes mais populares do mundo e os povos são atraídos para ela na busca por lazer, melhora da função cardiopulmonar ou por competição. É atualmente é uma das modalidades mais praticados no Brasil. Trata-se de uma atividade esportiva não traumática que se for bem orientada tem valores profiláticos e terapêuticos.

Segundo a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos8 a natação esportiva foi iniciada no Brasil no século XIX, quando em 1895, a União de Regatas Fluminense do Rio de Janeiro (a mais10 antiga entidade desportiva brasileira), composta pelos clubes praticantes de remo, organizava regatas e competições de natação no mar, na enseada de Botafogo.

Atletas de elite são um caso à parte em relação a seus equivalentes esportistas recreacionais, pois atuam dentro do esporte, no limite fisiológico entre o máximo da performance atlética e a lesão, e esta barreira pode ser ultrapassada por inúmeras circunstâncias advindas dos esportes de alta competitividade.19

A todos os desportos está associado algum tipo de lesão, com mais ou menos gravidade ou importância, contudo existem determinadas zonas do corpo que são mais afetadas do que outras.

Devido à carga excessiva de treinos ou a inadequada execução de alguns movimentos, vários distúrbios podem surgir comprometendo a desempenho dos atletas nadadores.

A queixa de dor nos ombros é frequente em diversas modalidades esportivas, tais como voleibol, handebol, basquetebol e ginástica olímpica, porém na natação há uma maior incidência de queixas dolorosas.

 A articulação glenoumeral, formada pela cabeça do úmero e pela fossa glenoidal, segundo Fernandes, Honda e Natour (2006), é uma das mais instáveis e móveis das articulações. Caracteriza-se por apresentar a maior amplitude do corpo humano, realizando movimentos de flexão e extensão, abdução e adução e rotação lateral e rotação medial no cíngulo do membro superior 15. Dessa forma, esta articulação depende diretamente dos mecanismos de estabilização.

    Apesar da sobrecarga imposta ao ombro, anatomicamente, a cavidade glenoidea é rasa e tem uma superfície articular menor do que a cabeça do úmero. Assim, a formadas superfícies articulares não favorece a estabilidade que dependem, essencialmente, de ligamentos e músculos (DANGELO & FATTINE, 2010).

A estabilidade da articulação glenoumeral está diretamente relacionada ao manguito rotador e secundariamente aos músculos e ligamentos. O manguito rotador é composto pelos tendões dos músculos subescapular, supraespinhal, infraespinhal e redondo menor.Estes músculos se inserem na tuberosidade da cabeça do úmero e terminam em tendões largos e achatadosque continuam com a cápsula articular formando o manguito musculotendíneo.20

Os movimentos repetitivos do membro superior acima da cabeça resultam em aumento do estresse nas estruturas da articulação e aumento no potencial de lesão, como a laceração do manguito rotador.3

O impacto das lesões no esporte é negativo, uma vez que o afastamento do atleta das atividades interrompe o processo evolutivo de adaptações fisiológicas adquiridas por meio do treinamento, resultando em diminuição de rendimento e, em alguns casos, levando à incapacidade permanente da prática esportiva.

Muitos são os fatores que favorecem a lesão no ombro dos nadadores. Como principais podemos citar a frouxidão articular, o número de repetições das braçadas, o aumento da amplitude de movimento, a fadiga muscular e os erros na técnica e no treinamento com volume e intensidade inadequados.

A frouxidão articular é uma característica do nadador. Os atletas apresentam boa flexibilidade, fator importante para uma natação eficiente, porém esta flexibilidade pode se tornar prejudicial quando é excessiva, sendo chamada então de instabilidade.

Estudos sugerem que o aumento da flexibilidade possibilita ao nadador alcançar uma maior amplitude de movimento durante as braçadas, gerando uma maior força durante a puxada na água e melhorando então seu desempenho esportivo. Infelizmente com o aumento dessa flexibilidade ocorre um aumento na instabilidade do ombro, fazendo com que a cabeça do úmero se torne instável em relação à glenoide.

O atleta que apresenta frouxidão articular como característica constitucional deve estar atento. Seu ombro pode tornar-se instável devido aos treinos de alongamentos realizados de forma incorreta e a falta de condicionamento da musculatura específica do ombro.

Movimentos realizados de forma inadequada geram fadiga muscular. Os atletas de natação realizam treinos intensos para aumentar a resistência muscular, porém durante esses treinos ocorre fadiga da musculatura periescapular e de manguito rotador e alteração do posicionamento da escápula durante o movimento de braçada, sobrecarregando os tendões e favorecendo a lesão destas estruturas. (SUMURAWA, 2008)

Muitas dessas lesões são causadas pela inadequada mecânica de realização do gesto esportivo. Entre as patologias mais prevalentes, conseqüentes de todos esses fatores já citados temos: bursites, tendinopatiase tenossinovites. Bolsas são pequenos sacos cheios de fluido com a função de reduzir a fricção, distribuir o estresse e proteger estruturas subjacentes. Podem ser encontradas entre ossos e tendões, ente dois tendões ou entre um osso ou tendão e a pele.

As tendinopatias englobam a inflamação e ou a degeneração dos tendões. A solicitação constante e excessiva do tendão leva a mudanças em sua estrutura, isto por sua vez provoca processo inflamatório repetitivo, determinando graves modificações estruturais, o que favorece as microrrupturas.

 O fisioterapeuta faz-se de grande importância no tratamento e prevenção dessas patologias melhorando o rendimento e preservando o atleta. É valoroso a criação de um programa fisioterapêutico preventivo, a fim de diminuir a incidência de dor através do equilíbrio muscular e, consequentemente melhorar o rendimento do nadador de elite brasileiro.

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