Artigo: A introdução da fisioterapia preventiva em uma equipe de esporte coletivo








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    A evolução esportiva ocorrida nas últimas décadas exige um nível cada vez mais alto de aproveitamento das equipes e atletas. Os quais ficam muito próximos de seus limites fisiológicos e expostos, então, a um maior risco de lesões nos treinos e jogos. Embora os técnicos, atletas e espectadores envolvidos nos desportos tenham reconhecido que a lesão física é um fator de risco inerente à atividade esportiva, o trabalho de prevenção ainda é pouco difundido comparado às conseqüências dessas lesões para o atleta e a equipe (ANDREWS, 2000). Quando falamos de um esporte coletivo percebemos a permanente exigência da alta qualidade técnica e física, que se não for bem programado, corretamente executado e supervisionado pode predispor seus praticantes a lesões.

    A fisioterapia desportiva, através do trabalho preventivo, é de extrema importância nas equipes, pois vem quebrando os paradigmas da vertente curativa em saúde, já que, segundo Deliberatto (2002), é frequentemente visto como "o profissional da reabilitação", ou seja, aquele que atua exclusivamente no momento em que a doença, a lesão ou a disfunção já está estabelecida. Através de programas preventivos elaborados juntamente com a preparação física busca-se a melhora do desempenho físico e o bem estar geral do atleta.

    A prática esportiva vem sendo difundida por todo o mundo, devido os seus benefícios, dentre eles a melhora da qualidade de vida. Segundo Kettunem et al. (2001), o aumento da demanda de exercícios modernos e competitivos provocou o aumento simultâneo no risco de lesões, causando preocupações tanto para os praticantes de atividades físicas, quanto para treinadores e atletas de todas as esferas de rendimento, pois interrompem o processo evolutivo de adaptações sistemáticas impostas pelo treinamento.

    O local de lesão varia com o tipo de esporte praticado. O membro inferior é o local acometido pelo maior número de lesões, por existir íntima relação entre os esportes mais praticados pela população em geral, e os gestos esportivos como o alto e as corridas bruscas. Cerca de 90% das lesões esportivas localizam-se no quadril, coxa, joelho, perna, tornozelo e pé, dessas, 53,9% das lesões envolviam as partes moles. (COHEN, 2005).

    Para Gissane et al. (2001), os fatores intrínsecos podem ser definidos como os fatores individuais biomecânicos, psicossociais e biológicos que podem predispor os atletas a uma lesão. Os fatores mais citados na literatura são: as características físicas como idade, sexo, altura, peso, lesões precedentes, tipo físico, frouxidão ligamentar, tensão muscular, níveis de habilidade, nível de força estática e dinâmica, características psicológicas e psicosociais, nível escolaridade, experiência no esporte, interação com os demais atletas e voluntariedade de fazer exames preventivos.

    Já Gould (1993) classifica esses fatores como:

Estruturais, onde a estrutura do jovem atleta com suas condições especificas, defeitos congênitos potencialmente não detectáveis e mau alinhamento merecem nossa atenção como fator de risco;

Crescimento, que envolve o aumento da massa e tamanho dos tecidos músculo-esquelético do corpo.

    Sullivan (2004) afirma que, durante o inicio da adolescência, o nível de maturidade física e de força varia bastante entre os atletas. Ocorre um rápido ganho de força nos garotos durante o processo de maturação. Dessa maneira, quando a participação esportiva é dividida por idade, é muito difícil evitar desequilíbrios fisiológicos, principalmente quando tamanho e força são fatores importantes para a performance. Se a maturação tardia contribuir para o insucesso do atleta, pode haver comprometimento de sua auto-estima.

    Ainda Birrer (2004) relata que a participação nos esportes comporta o potencial de proporcionar experiências e resultados tanto positivos quanto negativos para crianças e adolescentes. A linha entre benefícios e riscos pode ser extremamente delicada, sendo importante aprimorar a relação de risco para beneficio para crianças e adolescentes que participam nos desportos. Técnicos, pais e a comunidade medica devem estar cientes dos benefícios e riscos potenciais, e deverão ser também bons administradores das experiências de crianças e adolescentes.

    O papel do profissional da saúde no cuidado do atleta lesado tem dois aspectos: o profissional deve orientar indivíduos sobre maneiras de diminuir o risco de lesões durante a atividade; e quando ocorrer uma lesão, ajudar o indivíduo a alcançar a mais completa recuperação possível (BONETTI apud AGRE, 2006).

    Deliberatto (2002) considera que o fisioterapeuta que atua na área desportiva, não deve se esquecer de que o conhecimento do nível de preparo do atleta não é tudo em relação à prevenção contra lesões esportivas. O índice de ansiedade e preparo psicológico do atleta e sua maior ou menor necessidade de retorno rápido, também devem ser considerados na análise e no programa de trabalho do fisioterapeuta desportivo.

    Verhagen et al (2004), afirma que a lesão no tornozelo é uma das lesões mais recorrentes na grande variedade de esportes, com a maioria dos atletas que já sofreram lesões apresentando maior tendência de sofrerem uma relesão. Segundo Birrer et.. al. (2002), o American College of Sports Medicine estimou que 50% das lesões por uso excessivo em crianças e adolescentes podem ser prevenidas. Duas tendências podem acarretar o atleta jovem a sofrer lesões, a disparidade entre o seu tamanho e sua força e as considerações relacionadas ao seu crescimento. Durante o crescimento rápido, pode haver retração (rigidez) articular quando os ossos aumentam de comprimento com maior rapidez que as unidades músculotendinosas, produzindo assim, inflexibilidade e desequilíbrios musculares dinâmicos que podem resultar lesões. Se forem observados esses achados, mudanças preventivas nos esquemas e nas técnicas de treinamento podem ser instituídas para reduzir o risco de lesão.

    O treino proprioceptivo é frequentemente usado na reabilitação de lesões relacionadas ao esporte, tornando-se atualmente um elemento importante na prevenção de lesões (EMERY, 2005). Prentice e Voight (2003) afirma que a consciência de do movimento e do posicionamento articular são essenciais para a função articular apropriada no esporte e nas atividades físicas. Para Silvestre apud Xhardes (2002) a reeducação proprioceptiva, tem por finalidade arquivar uma série de novos esquemas de coordenação neuromuscular, assegurando assim a base da segurança fisiológica.

    Sendo assim, torna-se importante a divulgação do profissional de fisioterapia e a sua inserção na equipe técnica de esportes auxiliando, não somente na recuperação dos atletas, mas principalmente, na prevenção através de um programa fisioterapêutico com exercícios proprioceptivos e pliométricos, evitando que lesões venham a prejudicar o desempenho individual ou da equipe e para um melhor rendimento dos atletas em situações de jogos.

    Este trabalho teve como objetivo principal, avaliar as declarações dos atletas sobre o impacto da introdução da Fisioterapia na equipe desportiva, e também, por em prática um programa de exercícios com ênfase na prevenção de lesões.

Metodologia

    O presente artigo resulta do Trabalho Final de Graduação do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA) de Santa Maria-RS, sendo encaminhado ao Comitê de Ética da UNIFRA e subsequentemente aprovado. O trabalho qualitativo constitui-se na introdução da fisioterapia preventiva dentro de uma equipe desportiva através de exercícios preventivos, tendo como método de avaliação o grupo focal. O estudo foi realizado durante os meses de agosto a novembro de 2007, com 19 atletas da equipe de handebol das categorias cadete e júnior da escola estadual de primeiro e segundo grau Margarida Lopes, sendo todos os atletas menores de dezoito anos que realizavam seus treinamentos duas vezes por semana, com duração de duas horas cada, alternando o local entre, o Centro Desportivo Municipal e quadra de esportes da própria escola.

    O primeiro contato com a equipe realizou-se através do técnico, onde o mesmo apresentou os atletas e logo foi repassado o Termo de Consentimento Livre Esclarecido respectivamente assinado por seus pais e uma ficha anamnética adaptada de GOULD (1993) onde se observou que a média de anos de prática de handebol entre os atletas é de 2,71 anos, sendo sete atletas (36,84%) com dois anos de prática, cinco (26,32%) com um ano de prática, 5 (26,32%) com três anos de prática, um atleta (5,26%) com 5 anos de pratica e um atleta (5,26%) com sete anos de prática. É bom ressaltar que os atletas que compõem essa equipe, não possuem histórico de lesões que viessem prejudicar sua pratica desportiva.

    Em meio à realização dos dois encontros do Grupo focal, sendo, um no inicio e outro no final das atividades, foi aplicada uma serie de nove exercícios globais proprioceptivos e pliométricos, visando à prevenção de lesões e a melhora do desempenho físico durante as atividades, melhorando o controle músculo - articular de movimentos específicos, incluindo o treinamento do equilíbrio e estabilização, assim como fortalecimento muscular e exercícios funcionais (KISNER e COLBY, 2005). A aplicação dos exercícios foi realizada sempre após o aquecimento e alongamento do grupo, sendo seguido do treino tático comandado pelo treinador da equipe, todos os atletas presentes no treino realizaram as atividades, sendo excluídos os atletas lesionados ou que apresentaram alguma incapacidade ou dor.

    Os momentos do Grupo focal foram integralmente gravados através de um mini gravador de microfita com alto-falante da marca COBY brr122, posteriormente transcrito, realizando-se no mesmo local dos treinos da equipe, as fitas utilizadas para a realização do grupo focal foram todas destruídas ao final do trabalho.

    Como afirma ROMERO (2000) o grupo focal consiste numa sessão grupal informal de pessoas que representam os sujeitos do estudo, para discutir vários tópicos de um assunto específico, o que permite socializar e identificar opiniões, sentimentos, formas de pensar, entender e interpretar a realidade por parte de pessoas nela envolvidas. Neste grupo abordou-se a temática da importância da prevenção primária de lesões no esporte e a importância do auto-cuidado. Nas sessões grupais também foi abordado três tópicos chaves.

    Para facilitar a leitura, colocou-se na seqüência o guia de tópicos para a realização do grupo focal:

Tópico 1

Importância da prevenção de lesões;

Tópico 2

Fatores preventivos (métodos utilizados para prevenir as lesões);

Tópico 3

A importância deste trabalho preventivo para os atletas e a equipe.

Resultados

    No tópico 1 ao ser perguntado aos atletas sobre a importância da prevenção de lesões, os mesmos permaneceram em silêncio e perante a isso os pesquisadores explicaram ser muito importante a prevenção de lesões em atletas pois a mesma só gera benefícios à eles.

    Sobre o questionamento do tópico 2, o fator preventivo utilizados como rotina por esses atletas, teve-se a seguinte declaração: "... só alongo mesmo..." "... e meio matado ainda... mas que o técnico não me escute... risos.".

    Em relação ao tópico 3 tivemos uma maior participação dos atletas com respostas mais imediatas, dentre as quais citamos: "... Vale... vale..." outro atleta declara, "... vale a pena fazer para a gente ter um bom desempenho...", "... é bom para nós conhecer novos exercícios...".

    Devido a pouca participação dos atletas no grupo focal no primeiro dia de atividade; nos encontros seguintes os pesquisadores deram mais enfoque à realização dos exercícios, bem como a perfeita execução dos mesmos; pois, constatou-se que, apesar do tempo de prática esportiva dos atletas, estes possuíam pouca consciência sobre a importância da prevenção dentro de uma equipe desportiva.

    Após dois meses de presença permanente dos pesquisadores, aplicação dos exercícios preventivos na equipe e participação junto à comissão técnica foi realizado o segundo e último grupo focal, sendo refeitas as perguntas do primeiro encontro.

    No tópico 1 os atletas responderam: "ajuda a não agravar uma lesão..., que seja mais seria que se imagina...", complemento de outro atleta, "... Alem de prevenir né...".

    Após essas respostas um dos atletas demonstrou interesse na continuação dos exercícios fazendo a seguinte pergunta: "tá e depois vocês vão continuar vindo aqui? Quem vai passar para nos os exercícios, o treinador?".

    Ao perguntar-se sobre os fatores preventivos (tópico 2), obteve-se as seguintes respostas: "aprendemos que dar uma alongadinha, uma aquecidinha vale a pena...", o mesmo atleta relatou ainda "... já notamos que no cadete (categoria) já mudou, melhorou muita coisa eu acho...melhorou o aproveitamento". Outro atleta complementou: "uma boa alimentação antes dos exercícios físicos também é importante".

    E no último tópico, ao perguntar-se sobre a importância da presença da fisioterapia preventiva dentro de uma equipe desportiva, todos os atletas responderam: "sim...vale a pena sim...", demonstrando total satisfação com o trabalho realizado.

Discussão

    A investigação do impacto da introdução da fisioterapia preventiva em uma equipe de esportes coletivos, tendo como método de avaliação o nível de aceitação e satisfação, o grau de consciência da importância da mesma para a equipe, ainda se faz ausente na literatura disponível e pesquisada. Embora o grupo focal seja considerado um instrumento útil pra a avaliação de grupos de pessoas que participam de alguma atividade social, ele ainda é pouco utilizado no esporte.

    Ao analisarmos as respostas referentes ao tópico 1, do primeiro e segundo grupo focal (Importância da prevenção de lesões), percebemos que houve uma evolução no nível de informação dos atletas alem de uma maior participação dos mesmos na dinâmica. Tendo como principal resposta a consciência dos problemas de uma lesão e o seu agravamento. Vindo de acordo com Sullivan (2004) afirmando que atletas com histórico de lesões musculoesqueléticas, especialmente aqueles que não cumpriram um programa adequado de reabilitação, apresentam um maior risco de uma nova lesão. Também com mais riscos estão aqueles atletas que iniciam os treinos com baixo nível de condicionamento físico (inicio de temporada). O tratamento adequado das lesões é a chave para um retorno seguro ao esporte. Grande parte da ênfase sobre a prevenção de lesões pode ser colocada como "prevenção de nova lesão".

    Nessa mesma linha de estudo, Verhagen et. al. (2004) apresentou seu estudo, verificando o efeito do programa de treino sobre a prancha proprioceptiva de balanço na prevenção de torções do tornozelo, utilizando um grupo de 116 times, 67 femininos e 49 masculinos, totalizando 1127 atletas. Conclui-se que, o programa de treinamento de equilíbrio na prancha proprioceptiva foi efetivo para impedir o retorno de torções no tornozelo, entretanto, mostrou um aumento do retorno de lesões por over use no joelho. Mesmo assim é recomendado para esses jogadores a aplicação do treinamento na prancha proprioceptiva.

    Para o segundo tópico abordado (fatores preventivos), obteve-se uma diferença de respostas e também um relato da melhora de rendimento dos atletas, o que antes era levado pouco a sério como o alongamento pré e pós-atividade e o aquecimento antes dos treinos, passou a ser importante e um pré-requisito para o inicio dos treinos. Destaca-se também a seguinte declaração: "... já notamos que no cadete (categoria) já mudou, melhorou muita coisa eu acho...melhorou o aproveitamento". Demonstrando a percepção do grupo em relação aos exercícios realizados e o rendimento nas competições.

    Ainda Hall (2007) afirma que o alongamento é uma técnica usada para aumentar a extensibilidade da unidade musculotendinosa e do tecido conjuntivo periarticular. O alongamento é usado para aumentar a flexibilidade, que depende da amplitude de movimento articular e da extensibilidade dos tecidos moles.

    Kisner (2005) afirma que o uso do alongamento é de suma importância que faça parte do preparo físico total elaborado para prevenir lesões musculoesqueleticas, e ainda, antes e depois do exercício rigoroso para minimizar potencialmente a dor muscular pos exercício. O mesmo autor refere que fisiologicamente, existe um atraso entre o inicio da atividade e os ajustes corporais necessários para suprir as exigências físicas do corpo. O aquecimento tem como objetivo favorecer os ajustes antes da atividade física como:

um aumento da temperatura muscular;

um aumento da necessidade de oxigênio para suprir a demanda de energia do músculo;

impede ou reduz a suscetibilidade do sistema musculoesqueletico a lesões, aumentando a flexibilidade.

    Para Hillman (2002) o conceito de alongamento visando a prevenção de lesões não é totalmente apoiado por pesquisas, mas muitos atletas afirmam que só evitaram lesões graves porque possuíam flexibilidade adequada.

    Embora Herbert (2003) afirme em sua pesquisa realizada sobre o efeito do alongamento pré e pós-exercícios, risco de lesões, dor muscular tardia e desempenho atlético, que o alongamento não oferece nenhuma redução no risco de lesão também não protegendo contra a dor muscular, embora não tenha dados suficientes para determinar a sua eficácia sobre o desempenho esportivo.

    Em uma pesquisa semelhante, Weldon (2003), sobre a eficácia do alongamento para prevenção de lesões relacionadas a exercícios físicos, concluindo que a heterogeneidade e a escassez de estudos não foi possível tirar conclusões sobre a eficácia do alongamento na redução de lesões.

    A maioria dos efeitos do aquecimento muscular é atribuída ao aumento dos mecanismos relacionados à temperatura (diminuição da rigidez, aumento da taxa de condução nervosa, alteração da força, o aumento da oferta energética anaeróbica), também se toma por base os efeitos psicológicos (aumento da preparação). Embora não seja praticada por boa parte dos atletas pode-se atribuir à melhora do desempenho físico através do aumento da temperatura corporal (BISHOP, 2003).

    Percebeu-se que nenhum dos atletas participantes do grupo focal, citou em momento algum o uso de equipamentos protetores. Porém de acordo com Ingham (2004) equipamentos protetores é o segundo meio preventivo de lesões; no entanto, não obrigatório no handebol, os instrumentos mais utilizados, mesmo com uma porcentagem mais baixa, são a joelheira (23,8%), seguido das tornozeleiras (21,3%) e também (21,3%) algum tipo de imobilizador como bandagens, órteses articuladas apropriadas para cada articulação.

    Por fim, o ultimo tópico torna-se o mais importante, pois aborda-se a presença do fisioterapeuta em uma equipe desportiva com caráter preventivo.

    A fisioterapia aplicada à área esportiva dedica-se não somente ao tratamento do atleta lesado, mas, também, à adoção de medidas preventivas, a fim de reduzir a ocorrência de lesões. O trabalho preventivo é delineado e realizado de maneira eficaz, com base no levantamento dos fatores de risco das lesões referentes à modalidade da área esportiva específica. Modificações no sistema de treinamento de jovens atletas, focando a técnica e habilidade além da parte física, podem minimizar a incidência de lesões esportivas.

    Como afirma Birrer (2004) os atletas que respondem bem a sua própria motivação interna para o aprimoramento e que concordam com a prevenção e a reabilitação parecem ter uma recuperação mais rápida e o menor prejuízo psicológico a uma possível lesão.

Conclusão

    Pode-se observar, através desta pesquisa, que após quatro meses de trabalho e contato direto com os atletas da equipe e comissão técnica, que a fisioterapia desportiva com abordagem preventiva, bem como a aplicação dos exercícios, orientações sobre lesões e treinamento em geral tiveram boa aceitação.

    Quanto ao grupo focal, concluiu-se que esta forma de avaliação para equipes é a ideal para se ter a real noção sobre opiniões e conclusões do grupo em relação ao trabalho realizado, apesar de se constatar certa imaturidade dos atletas em relatar suas experiências. Contudo, a participação em massa dos atletas durante a prática dos exercícios, comprovou a eficácia e a importância da presença constante do fisioterapeuta na equipe desportiva com enfoque preventivo.

Agradecimentos

    Gostaríamos de agradecer ao nosso orientador, professor Rodrigo Lippold Radünz, à referida instituição de ensino, ao professor Jorge Fernandes e aos atletas que de maneira ou outra contribuíram para a realização desta pesquisa. Também gostaríamos de agradecer aos nossos pais e namoradas, pelo apoio e atenção dispensada durante essa caminhada.

Referências bibliográficas

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