Saiba tudo sobre tendinopatias de joelho








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Os tendões são estruturas complexas formadas de células mergulhas numa matriz de proteínas e fibras de tecido colágeno na sua composição principal e desempenham uma importante função nos movimentos. Não há movimento sem que ocorra a participação dos tendões na transmissão de forças geradas nos músculos.

As propriedades mecânicas dos tendões recebem contribuições reais do treinamento esportivo, tais como: o aumento da resistência ao carregamento mecânico, o aumento da tolerância à exercícios extremos e a prevenção de lesões. Portanto, há contribuições reais do treinamento sobre as propriedades mecânicas dos tendões, porém determinadas cargas supra- fisiológicas podem acarretar lesões celular.

A ETIOPATOGENIA DAS TENDINOPATIAS

Há muitas publicações que discutem a etiologia, o diagnóstico e o tratamento de várias formas de tendinopatia, mas poucas são baseadas em evidências científicas. Muitas lesões tendinosas dolorosas são consideradas resultantes de micro traumatismos, frequentemente descritas como “overuse”.

As propriedades biomecânicas do tendão são descritas na curva de estresse deformação. Cargas fisiológicas frequentemente causam menos do que 4% de aumento no comprimento do tendão. Estiramentos superiores a 4 % resultam em lesão de uma ou mais bandas fibrosas e estiramentos superiores a 8 -12% resultam em rupturas completas do tendão. Estresses fisiológicos sobre o tendão provocam deformações elásticas, no entanto elevados níveis de estresse induzem lesões diversas nos diferentes tendões e são afetadas por fatores, como: a idade, o número e a qualidade das ligações cruzadas.

Alguns mecanismos são propostos para explicar o fenômeno doloroso nas tendinopatias como: o aumento da inervação (neoinervação), o aumento da vascularização (neoangiogênese), o aumento da produção de substância P (SP), aumento da produção de prostaglandina E2 (PGE2), o aumento das concentrações de receptores de glutamato, a fenotipia condrocítica (tendões com fenotipia de cartilagem) e fatores mecânicos. A maioria dos estudos nas tendinopatias crônicas falhou em demonstrar infiltrados inflamatórios em tendões humanos biopsiados.



FATORES DE RISCO

A tendinopatia pode ser associada a uma variedade de fatores de risco extrínsecos e intrínsecos Os fatores intrínsecos estão relacionados às características individuais como: o índices de massa corpórea elevados, a assimetria de membros, a genética individual, o sexo, a auto-imunidade, os distúrbios metabólicos (alteração do perfil lipídico) e a frouxidão articular.



QUADRO CLÍNICO

A história clínica é marcada por episódios de dor localizada ou difusa, algumas vezes severa, ao longo do tendão durante ou após o esforço. Também se observa a ausência total de sinais e sintomas antecedendo a ruptura tendínea.

O paciente apresenta diminuição progressiva do rendimento esportivo, diminuição da força e sensação de enrijecimento ou tensão aumentada sobre o tendão, que geralmente diminui após o aquecimento. Os achados de exame físico mais frequentes nas tendinopatias são: dor localizada, edema, espessamento, assimetrias e deformidades (rupturas totais).

A palpação é dolorosa com freqüência em determinados pontos específicos, como o pólo inferior da patela, a tuberosidade da tíbia, o pólo superior da patela, o epicôndilo lateral do fêmur e a cabeça da fíbula.

A extensão do joelho ativa contra resistência apresenta-se com dor localizada durante determinado ângulo ou durante todo o movimento.

O termo “jumper’s knee” ou “ joelho do saltador” foi descrito inicialmente por Blazina, e passou a designar algumas afecções peripatelares (ligamento patelar e menos frequentemente no tendão do músculo quadríceps). As localizações preferenciais são a transição ósteo-ligamentar (patela e ligamento patelar), o terço médio do ligamento patelar e a inserção na tuberosidade tibial.



Os grupos de risco envolvidos nas patologias do aparelho extensor abrangem atletas ou praticantes de esportes envolvidos em atividades repetitivas com sobrecarrega do mecanismo extensor do joelho, tais como saltos, corridas e chutes.

Os esportes mais acometidos por tendinopatias são são: o atletismo, o vôlei, o basquete, o handebol, o futebol e o tênis. As modalidades do atletismo mais frequentemente acometidas pelas tendinopatias do aparelho extensor são: as modalidades de saltos (distância, triplo, altura), as modalidades com barreiras e obstáculos (100m, 110m, 3000m) e as corridas de longa distância.

Os fatores biomecânicos, como: picos de tensão durante o impulso e aterrissagem, ângulos de flexão do joelho, eixo anatômico e os momentos em valgo do joelho, também podem promover o aparecimento de micro a macro- rupturas do ligamento patelar.

Os sintomas são subdivididos em três estágios, assim distribuídos pela classificação de Blazina:

Estágio 1. Dor apenas após as atividades esportivas. Ausência de limitação funcional.

Estágio 2. Dor durante e após as atividades. Habilidade para a realização de atividades dentro de um nível satisfatório.

Estágio 3. Dor prolongada durante e após as atividades. Incapacidade progressiva de realizar atividades dentro de um nível satisfatório.

Roels acrescentou à classificação de Blazina, o estágio 4, caracterizada pela ruptura parcial ou completa do ligamento da patela. A

ruptura parcial do ligamento patelar é um importante diagnóstico diferencial das dores localizadas na região anterior do joelho.

DIAGNÓSTICO POR IMAGEM

As técnicas de diagnóstico por imagem permitem a melhor identificação das lesões, estadiamento e seguimento clínico.

As radiografias simples em duas ou mais posições permitem a identificação da altura da patela, alinhamento, congruência articular, presença de osteófitos marginais e alterações ósseas degenerativas.

A ultrasonografia é um método dinâmico examinador dependente , importante para o diagnóstico, avaliação funcional, seguimento do tratamento e avaliação da nutrição vascular.

A ressonância magnética é considerada por muitos o padrão ouro de diagnóstico das tendinopatias, embora seja um método de custo elevado, estático (não permite a realização de movimentos enquanto é realizada) e com limitações de curto e médio prazo no seguimento do processo de reparo.


TRATAMENTO

A abordagem terapêutica da tendinopatia é dificultada em função dos múltiplos fatores envolvidos nas lesões. Os atletas e pacientes portadores de tendinopatias geralmente desconhecem as características da patologia do tendão e sua evolução.

Os objetivos do tratamento das tendinopatias são: a reversão da progressão da doença do tendão, o retorno aos níveis de atividade pregressos sem restrições, a prevenção das recidivas e informar ao paciente sobre as características e evolução de sua patologia.

O tratamento clínico das tendinopatias abrange: • Medicação analgésica e/ou antiinflamatória • Fisioterapia: as modalidades amplamente empregadas no tratamento das tendinopatias são: a crioterapia, a cinesioterapia, a fonoforese (uso tópico de antiinflamatórios, em forma de cremes ou de pomadas), a iontoforese (associação de medicamentos com a corrente terapêutica), os exercícios de alongamento e os exercícios de fortalecimento muscular.

• substituição por exercícios de menor intensidade sobre o tendão e a realização de atividades aquáticas também contribuem para a melhora dos sintomas.

• Injeções esclerosantes de polidocanol, os adesivos de óxido nítrico, a terapia de ondas de choque a acupuntura. Os objetivos das cirurgias para o tratamento da tendinopatia patelar, são: a excisão de adesões fibróticas, a remoção de tecido degenerado e estimulação do processo de cicatrização.

Nas rupturas tendíneas totais ou subtotais, a intervenção cirúrgica precoce e adequada permite a recuperação do movimento e da força. Reparos e reconstruções são indicadas nas roturas parciais ou totais e os avanços recentes nas técnicas cirúrgicas permitem a reabilitação mais precoce dos pacientes operados.
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