Exercícios excêntricos isocinéticos x Fisioterapia do esporte








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Avanços tecnológicos têm levado ao desenvolvimento de equipamentos de testes musculares isocinéticos que permitem a execução de exercícios excêntricos em associação à atividade concêntrica. O uso deste tipo de equipamento vem e popularizando no Brasil, por meio dos conhecidos dinamômetros isocinéticos que têm viabilizado
a execução de pesquisas e avanços importantes na área da reabilitação desportiva, sobretudo usando e valorizando o treinamento muscular excêntrico.

Em linhas gerais pode-se dizer que uma vantagem do exercício isocinético, segundo Zuluaga et al. (2000), é fornecer um método de carregar dinamicamente os músculos em contração a uma velocidade que pode ser facilmente manipulada. O músculo é, portanto, capaz de manter um estado de máxima contração em toda a sua amplitude,  permitindo uma demanda máxima da sua capacidade de trabalho. As velocidades angulares podem ser ajustadas para permitir que o músculo funcione em relação às condições dinâmicas simulando as demandas impostas pelas atividades funcionais do atleta (em relação à biomecânica dos gestos motores do esporte).

Importante ressaltar, ainda, que o exercício isocinético excêntrico tem aplicabilidade em esforços controlados e determinados. Isso significa dizer que sistemas de dinamometria isocinética que possuem a interação de biofeedback visual fazem pacientes com tendinites/epicondilites crônicas (tendinite patelar, de tríceps surral, cotovelo
de tenista) se proverem de tal recurso, conforme estudo de Croisier et al. (2001). Nesse estudo, faz se a aplicação de protocolos que consistem em descobrir o pico de torque (força máxima) do membro não lesado; determinam-se, então, porcentagens de carga e velocidade, de maneira progressiva, aplicada no membro lesado. Por meio de estudos de ressonância nuclear magnética, comprova-se o efeito benéfico de redução do espessamento (patológico) de tendão. Referenda que os benefícios são provenientes de microrupturas, desenvolvendo reagudização do processo crônico, fazendo com que haja a neovascularização e melhoras nos aspectos macro e microscópico do tendão.
Andrews et al. (2000) preconizam que a capacidade de oferecer atividades isocinéticas excêntricas ao atleta (normalmente já em fase avançada de reabilitação) contribui significativamente para a reabilitação geral do atleta, haja vista que as contrações musculares excêntricas exercem um importante papel também em suas atividades funcionais de vida diária. Sirota et al. (1997) afirmam que especialmente as contrações excêntricas, no movimento de rotação externa de ombro de arremessadores, podem ser as mais importantes na prevenção de lesões durante a fase de desaceleração do arremesso.

Hillman (2002) relata que o torque muscular produzido excentricamente durante sessões de treinamento isocinético aumenta à medida que a velocidade cresce e que inúmeras evidências sugerem que há uma tendência para o aumento na geração de força durante os exercícios excêntricos isocinéticos entre 60 e 200 graus por segundo
de velocidade angular. No entanto, o posicionamento do atleta durante a realização da avaliação ou do treinamento isocinético revelou-se um fator fundamental tanto para a realização de atividades concêntricas quanto excêntricas.

Portanto, durante a prática isocinética é de cabal importância que o fisioterapeuta considere devidamente a artrocinemática da articulação envolvida bem como a patologia do paciente antes de selecionar a posição do treinamento isocinético, visando tanto a segurança do atleta quanto a otimização do processo reabilitacional.

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